segunda-feira, 27 de julho de 2015

Spring

"Spring" (2014) dirigido pelos americanos Aaron Moorhead e Justin Benson é uma produção de baixo orçamento que passeia por alguns gêneros, como romance, horror e ficção científica, no próprio cartaz do filme está escrito: "Um híbrido entre Richard Linklater e H.P. Lovecraft". 
É uma obra diferenciada que pode agradar pela inovação, ou não pelo mesmo fato. Particularmente me surpreendi, principalmente pela mistura de gêneros e a condução da história. É um mergulho num conto sombrio, porém romântico rodeado de mistérios em uma paisagem deslumbrante. Na trama, Evan (Lou Taylor Pucci), acaba de perder a mãe, e consequentemente o emprego após uma briga em um ataque de fúria no bar onde trabalhava. Decide sair de sua cidade, e vai parar na Itália. Em uma pequena cidade turística, Evan conhece de uma forma inusitada a bela e misteriosa Louise (Nadia Hilker). Após alguns encontros, Evan se apaixona, sem saber que Louise guarda um estranho e terrível segredo.
O elenco está muito bem, o carismático Lou Taylor e a sua situação desoladora precisando escapar de tudo e a sedutora Nadia Hilker, uma mulher que exala mistério. Toda noite saem e se conhecem um pouco mais, os diálogos tem um toque de humor e romantismo. Há deslizes em algumas explicações que se utiliza de conceitos genéticos, o que torna tudo confuso em relação ao que acontece a Louise, mas isso não estraga o efeito que o filme produz, ele vale a pena justamente por sair do lugar comum, e apesar do final soar clichê não compromete o todo.
De leve o longa traz a atraente questão da imortalidade, ao mesmo tempo que é um fascínio também é um tormento. Os poucos efeitos visuais utilizados dão o toque particular, como a transformação de Louise numa espécie de Cthulhu.

Originalidade e criatividade marca "Spring", que tem uma atmosfera de horror num ambiente leve e solar.
Explorando a relação entre duas pessoas, a aceitação do outro independente dos monstros que o habitam, o filme se faz uma bela metáfora sobre o amor.
Cativante, misterioso e romântico, "Spring" é uma ótima opção para quem deseja fugir do mais do mesmo. 

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