sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Onde Vivem os Monstros (Where The Wild Things Are)

"Existe algo de selvagem dentro de todos nós."

Baseado no livro infantil homônimo de Maurice Sendak, repleto de ilustrações, essa história nos mostra o poder da imaginação.
O filme de Spike Jonze retrata o aventureiro Max (Max Records) que após brigar com sua mãe, fica de castigo e corre para seu quarto, lá ele se perde em meio a uma floresta, onde cria um reino em que é líder. Na ilha, lá onde vivem os monstros, eles ficam todos juntos e se divertem, mostrando que quem manda é o garoto, só que isso acarreta problemas, como no mundo real. Cada monstro tem uma emoção que representa um sentimento que Max carrega consigo.
Apesar do teor fantasioso, é um filme para adultos, não subestimando a inteligência das crianças, mas quando se assiste esse filme causa uma sensação do quanto essa fase é complicada, e que é nessa época que nossa personalidade e caráter se constrói, em como o relacionamento entre as pessoas é difícil, fazer escolhas sem afetar os outros, e todo o processo de se entender em meio a tudo isso. Chega a ser nostálgico.
Nos encontramos em cada monstro, criando personalidades em cada um deles, representando uma emoção, no caso de Max, a raiva, a tristeza, e ao mesmo tempo a diversão de ser criança. Em meio a isso, tem a inveja e o egoísmo de sempre querer a atenção para si.
Todo o cenário compõe-se perfeitamente com os monstros assustadores, mas que passam a sensação de serem reais, juntando a trilha sonora que ajuda absorver os momentos essenciais da trama, mergulhamos no mundo imaginário de Max.
Uma delicada e inteligente história contada em tom sério, retrata os conflitos pessoais que uma criança passa em sua vida real e em seu refúgio imaginário.

Um filme para ser sentido, capaz de nos tornar crianças novamente, entender esse período de transição e compreender-se interiormente.
Infelizmente o filme não se tornou comercial, mesmo ajustando-se para ser, parece que o grande público não absorveu bem a ideia. É exageradamente bonito em toda sua complexidade.

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