quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ilha do Medo (Shutter Island)

Um mistério envolvendo uma paciente assassina internada em Shutter Island (um manicômio judicial), dois agentes federais ao chegar no local se deparam com uma rede de intrigas, o que impedem de voltarem sem solucionar o caso.
Adaptado do livro Paciente 67 de Dennis Lehane, Scorsese dirige com maestria esse desafio da mente humana.
Leonardo DiCaprio como o detetive Teddy Danniels nos confunde do começo ao fim, no desenrolar da história descobrimos que ele não está lá apenas para solucionar o caso de Rachel Solando (Emily Mortimer). Teddy busca a mulher que iniciou o incêndio e matou sua esposa Dolores (Michelle Williams).
Teddy tem dores na cabeça e ilusões envolvendo sua mulher e o campo de concentração onde libertou nazistas. George um paciente do hospital conta que a culpa de tudo é de Teddy e diz sobre os experimentos da ala C (a sala mais perigosa do hospital). Passa a criar atrito com os médicos, quando ele e seu parceiro Chuck (Mark Rufallo) suspeitam terem caído em uma armadilha, cuja intenção é prendê-los no hospício, já que nenhuma pista seguida por eles faz sentido.
Um filme bem tenso e de suspense psicológico, às vezes óbvio de propósito, às vezes nos enganando. O roteiro parece não querer explicar os mistérios que envolve Shutter Island, mas com um bom final tudo é resolvido perfeitamente.
Com ótimos diálogos e muitas reviravoltas, a história tem um clima noir. A transformação de Teddy que passa de uma pessoa segura de si para um lunático paranoico é muito boa, sempre em busca de algo para trazer conforto a sua consciência que custa deixar o passado, sem distinção de realidade e alucinação.

Repleto de dúvidas mesmo que algumas coisas soem previsíveis, nunca se sabe ao certo o que irá acontecer, Scorsese consegue fazer essa proeza em a "Ilha do Medo".

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